Surgiram 3,9 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil em 2021; para especialista, escritório virtual é melhor alternativa para empresas que precisam de um endereço físico
Segundo dados de um balanço do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), realizado em parceria com o IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), foram abertos 3,9 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil em 2021 – um crescimento de 19,8% em relação ao ano anterior, quando surgiram 3,3 milhões de CNPJs (Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas).
Apesar do número positivo, abrir uma empresa do zero envolve desafios como levantar capital, cumprir burocracias e lidar com cargas tributárias. Na maior parte das vezes, os empreendedores também têm de ter um endereço comercial fixo para atender à demanda administrativa e se veem às voltas com custos para manter um escritório próprio.
Entrevista veiculada no Programa Bons Negócios, realizado pelo Sebrae/SE
É nesse ponto que, segundo Carlos Elpidio Prado, CEO da JOB Connect Coworking e Escritório Virtual – empresa que atua no atendimento às demandas de escritório compartilhado -, o Escritório Virtual se apresenta como um aliado aos empreendedores.
Ele apresenta o escritório virtual como finalidade para prover vários subprodutos como: Domicílio Fiscal, Endereço Comercial, Serviços de Recepção e Gestão de Correspondências e Recados. “Ou melhor, um empreendedor precisa dedicar esforços para conquistar clientes. Deste modo, ele contrata um pacote de serviços com custo justo e foca no que é preciso, deixando por conta do escritório compartilhado todas as questões de infraestrutura: hospeda seu CNPJ, tem a gestão de seus recados e correspondências, faz reuniões quando necessário.”, explica.
“Com salas disponíveis, acesso à internet de alta velocidade, o empreendedor poderá fazer um agendamento prévio e usufruir de toda a infraestrutura se preocupando apenas em utilizar o espaço de acordo com sua demanda.”, completa.
Escritório virtual é alternativa em contexto de retomada econômica
Na visão de Elpidio, o Escritório Virtual é um modelo de negócio mais adequado a profissionais e empresas que estão iniciando suas atividades e precisam investir melhor em pessoal do que em infraestrutura. Sejam Startups, MEIs ou PMEs.
Diante do notável crescimento de empreendedores, surgiu um mercado inovador, o qual têm se tornado comum em diversos estados brasileiros. O mercado de trabalho tem evoluído e se modificado com o intuito de atender às mudanças sociais e econômicas, assim como o número de trabalhadores autônomos vem aumentando.
O pós-pandemia levou muitos cidadãos ao empreendedorismo por necessidade e estimulou a abertura de novos negócios por oportunidade, de acordo com os índices do Sebrae e a Agência Brasil. De acordo com o órgão, a tendência de expansão continuará nos próximos anos.
Paralelamente, projeções do GEM (Global Entrepreneurship Monitor, em inglês – Monitor do Empreendedorismo Global, em português) indicam que 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendiam à época tinham planos de abrir o próprio negócio em três anos.
Para Elpidio, neste panorama, deve-se considerar que os custos para manter um escritório físico e funcionários em um local longe de suas casas, muitas vezes, impossibilita o desenvolvimento de novas empresas e faz com que o home office ganhe espaço no mercado. “As alternativos de novos meios de trabalho tem crescido e os escritórios compartilhados se mostram como uma opção para quem busca economizar ou desenvolver sua empresa com custos mais justos”, afirma.
Além disso, os ambientes compartilhados são uma alternativa para empresas que não necessitam de espaços físicos para funcionarem, mas precisam ter seu domicílio fiscal por conta das exigências legais e comerciais. “E, quando necessário, essas empresas também podem fazer uso dos espaços físicos para atender as suas demandas e as dos seus clientes”, finaliza.
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